jueves, 29 de abril de 2010

Escola 2.0: O ensino do futuro

Na semana passada estive numa jornada sobre a conversão do livro de texto para o livro digital, o enfoque ao tema foi dado através de uma ótica da educação, a transformação que esta tendência vem a trazer para o sistema educativo. Apesar do nosso objeto de pesquisa ser a cultura e as mudanças no comportamento da sociedade com o advento da tecnologia, a idéia é correlacionar estes fatores conseguindo analisar criticamente que intervenções isto vem a provocar na indústria editorial e na educação. Essa análise tem um sentido estritamente cultural, cuja preocupação é de conseguir um entendimento do que é a escola 2.0. Neste novo panorama as mudanças mais importantes são a transformação da antiga pedagogia; um docente com múltiplas formações; e um alunado mais participativo e protagonista do seu processo de aprendizagem.

O ponto clave dessa nova cultura educativa estaria na conversão do livro texto para o livro digital. O que é isso? Como comentamos neste blog frequentemente, a transformação dos hábitos sociais com relação ao ócio e a comunicação, sobretudo, também alcançou o âmbito pedagógico. Os câmbios que emarca esta transição está baseada principalmente nos elementos multimídia na relação com o conteúdo, ou seja, o aluno já não terá uma atuação parcial, pois a inserção de vídeos, dicionários, espaço de comentários e de compartilhar informação, foros e atividades evaluativas vislumbram um modelo muito mais atrativo e prazeroso com o aprendizado.

O outro impacto seria quanto a necessidade de um novo professorado, isto é, um docente familiarizado com as ferramentas tecnológicas com capacidade de produzir informação, interagir com o aluno e o conteúdo transmitido; compartir, criando redes inclusive com outras escolas de países distintos; editar, buscando adaptar o processo de acordo com a evolução dos alunos; e por último complementado todas essas características, usar frequentemente todas as possibilidades que os recursos multimídia lhe oferecem como suporte, as redes sociais, wikis e mensajerias instâtaneas.

Citado essas dois características da nova escola que se anuncia, é evidente que o alunado não estaria inerte diante essa transformação. Minha análise é que essa nova geração tende a realizar essa conversão de maneira muito mais natural, pois a familiaridade com a tecnologia é algo já presente no seu convívio social, estando já inerente nas suas relações.

Finalizando, o impacto dessa revolução digital atingirá o setor editorial, pois, primeiramente, todo o processo já tradicional de produção e distribuição já não servirá para este novo modelo, além de urgir uma reflexão sobre as questões da propriedade intelectual (até que ponto a indústria está disposta a ceder para que essa informação possa ser compartilhada livremente?). Outro fator relevante será a exigência de uma nova linguagem, pois o conteúdo digital não se centra somente na textualidade, mas o uso de hipervínculos, fotografias, vídeos, buscadores e espaço de comentários.

Com isto o novo panorama que se anuncia é de um modelo de cambio bastante radical para estes setores: educação, editorial, docentes e alunos; mas também pelo que vi nessa jornada creio que as perspectivas são de conseguir criar um sistema de aprendizado muito mais atraente e horizontal entre docentes e discentes. É importante ressaltar, que não será um modelo substuitivo, e sim complementário, pois o pensamento é que esse material multimídia seja um suporte para o ensinamento tradicional. Por tanto o momento é de construir núcleos de pesquisa que possibilite essa transição, ou seja, conseguir o meio termo entre os dois métodos, o já existente e a conversão digital, para isto se tem que preparar todos este atores para esta nova sociedade que se prenuncia.

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